sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Viúva de Apolonio de Carvalho doa acervo e lança livro



Na semana em que o ex-militante comunista e fundador do PT Apolonio de Carvalho completaria 100 anos, sua esposa Renée France de Carvalho, doou o acervo do marido ao Arquivo Nacional. A cerimônia de entrega do material aconteceu ontem no Rio de Janeiro.
Ficha do militante e Apolonio com Lula em 1981
Fotos: Divulgação/Ricardo Malta/N Imagens
O Estado de S. Paulo – 19/07/1997
O acervo contem documentos, fotos, filmes e objetos pessoais reunidos ao longo da militância política. Somente de textos, são 30 pastas. O volume de material seria ainda maior se Apolônio não tivesse destruído vários itens durante as mais de quatro décadas que viveu na clandestinidade, como aconteceu com os arquivos do PCB do período da ditadura militar.
“Foi um homem de ação”, explica o filho caçula Raul de Carvalho. Entre os objetos pessoais estão a condecoração Legião de Honra, recebida por sua atuação na Resistência Francesa, na 2ª Guerra Mundial, onde chegou a comandar 2 mil combatentes.  Envolvido desde a década de 30 com ideais comunistas, foi preso e expulso do exército por participar da intentona comunista. Em seguida partiu para lutar na guerra civil espanhol como voluntário nas Brigadas Estrangeiras. Derrotado pelas tropas de Franco, ficou preso na França, de onde fugiu para se juntar à resistência francesa.
O Estado de S. Paulo – 24/09/2005
Foi nesse período que conheceu sua esposa Renée France de Carvalho, também militante comunista. A história de Apolônio está descrita no livro “Vale a Pena Sonhar”, lançado em 1997. Agora a outra parte da história do casal, que viveu mais de 60 anos junto, recebe complemento com o lançamento do livro de Renée, “Uma Vida de Lutas”. Além de suas lembranças de infância na França, desde cedo envolvida na militância, Renée conta do ponto de vista feminino a experiência da esquerda e de militância ao lado do marido. O livro será lançado sexta-feira, 10, na data em que o PT comemora 32 anos de fundação, em Brasília.
Pesquisa e Texto: Carlos Eduardo Entini
Fonte:Estadão

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