segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Presidente da Stratfor chama WikiLeaks de 'ladrões'



Site divulgou emails e informações da companhia de inteligência americana nesta segunda


AUSTIN - A agência de inteligência Stratfor criticou o site de vazamentos WikiLeaks nesta segunda-feira, 27, afirmando que os integrantes da organização são "ladrões" por terem roubado e publicado emails e informações secretas da companhia. A ação, diz a Stratfor, é uma "invasão de privacidade deplorável, desafortunada e ilegal".
Assange virou celebridade mundial após os vazamentos do WikiLeaks - Paul Hackett/Reuters
Paul Hackett/Reuters
Assange virou celebridade mundial após os vazamentos do WikiLeaks

George Friedman, presidente da Stratfor, divulgou um comunicado afirmando que alguns dos emails adquiridos pelo WikiLeaks foram alterados ou forjados, o que pode passar uma imagem falsa da agência de inteligência. "Tivemos nossa propriedade roubada, e não seremos vitimados novamente ao nos submetermos a questionamentos", escreveu.
Friedman continuou dizendo que a divulgação dos emails é um ataque direto contra a Stratfor. "É uma nova tentativa de calar e intimidar a companhia, e algo que rejeitamos. Como podem ver, emails enviados sobre minha renúncia foram forjados", continuou. "A Stratfor não será silenciada, e vamos continuar a publicar análises geopolíticas em que nossos amigos e assinantes possam confiar", concluiu.
O WikiLeaks diz ter apenas começado a publicar mais de cinco milhões de e-mails da companhia de inteligência sediada nos EUA. O site afirma ter provas de vínculos confidenciais entre a companhia e grandes corporações, como a Dow Chemical e a Lockheed Martin, além de agências de governos, sendo várias presentes no território americano.
As mensagens, datadas entre julho de 2004 e dezembro de 2011, revelam a "rede de informantes, estrutura de remuneração, técnicas para lavagem do dinheiro de pagamento e métodos psicológicos", afirmou uma nota. "O material mostra como uma agência de inteligência privada trabalha, e como mira indivíduos por seus clientes corporativos e governamentais", acrescentou o WikiLeaks.
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, está atualmente no Reino Unido lutando para não ser extraditado para a Suécia, onde autoridades querem interrogá-lo por uma suspeita de crimes sexuais. O WikiLeaks teme que, caso o australiano seja levado à Suécia, Estocolmo rapidamente o deporte para os EUA. Washington tem interesse em Assange desde que o site publicou centenas de milhares de documentos secretos da diplomacia norte-americana.
Fonte:Estadão

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