sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Globo obriga Google a excluir links para conteúdo pirata



 


Uma decisão da justiça brasileira liberada essa semana pode render uma dor de cabeça para o Google Brasil. A TV Globo entrou com uma ação contra o buscador no país por facilitar o acesso à "reprodução desautorizada de conteúdo" e um parecer favorável à emissora foi expedido ontem. Depois de ser notificado oficialmente da decisão, o Google terá até 48 horas para remover os links de conteúdo pirata no seu buscador.

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Se o Google acatar a decisão, não vai ser a primeira vez que o buscador terá seus resultados artificialmente alterados. Quando isso acontece, normalmente um aviso no final da página diz que alguns links foram removidos a pedido dos detedores dos direitos do conteúdo. Mas se no período determinado depois da notificação os links continuarem no ar, eles receberão uma multa de R$ 5 mil ao dia.

Ao IG Tecnologia, o Google disse apenas que "não foi notificado [da decisão] e não comenta casos específicos", mas conhecendo o histórico da empresa em casos assim, não é de se espantar caso eles recorram da decisão. Não é de praxe do Google abaixar a cabeça e deixar qualquer um manipular os resultados de busca. E nem deveria ser. 

Movimento se repete nos EUA

Não é só no Brasil que o Google está sendo obrigado a retirar da busca o conteúdo pirata. Lá fora a empresa pode ser processada por práticas antitruste  pela IFPI, órgão que reúne os principais estúdios da indústria fonográfica, por colocar links asites com conteúdo pirata acima da dos sites legítimos em resultados de busca. Uma busca pela música Born This Way, da Lady Gaga, mostra que isso realmente acontece. 

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O problema é que os grandes estúdios que fazem parte do IFPI já tem acesso à uma interface personalizada do Google para retirar da busca os links que potencialmente contém conteúdo pirata e que já conseguiu remover mais de 460 mil links do tipo. E ainda assim a IFPI não acha que essa ferramenta é o bastante, por isso planeja um processo do tipo, algo sem precedentes legais. 

Em ambos os casos, as empresas envolvidas querem obrigar o Google a modificar ainda mais seus resultados, só porque ele de alguma forma ajuda a encontrar conteúdo pirata. A mim, isso parece ser algo um pouco sem sentido. São usuários comuns que enviam o conteúdo para a web, mas no lugar das empresas irem atrás deles ou de usar a ferramenta de remoção de conteúdo ilegal da busca e do YouTube, tomam um caminho litigioso e potencialmente mais lento (conhecendo a justiça brasileira). E isso parece mais uma atitude preguiçosa do que qualquer outra coisa.

 Fonte:Tecnoblog/Net

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